Como é sabido, face a inúmeros rumores, informações desconexas e sem fundamento ou sem confirmação da fonte (ainda que por vezes postas a circular por elementos de gabinete, com responsabilidades, portanto), face à instabilidade assim causada, e ainda na sequência do mandato que lhes foi outorgado pela assembleia presente no Encontro de Militares do passado dia 22 de Novembro, no ISCTE, em Lisboa, as Direcções das APM (Associações Profissionais de Militares) solicitaram aos diversos chefes militares, à Casa Militar da Presidência da República, e aos grupos parlamentares, audiências com carácter de urgência.
Depois das audiências que foram concedidas aos três presidentes (ANS, AOFA, AP) e na posse da informação obtida, ainda que mitigada, foi entendido elaborar uma “Nota Informativa” para divulgar pelas respectivas massas associativas, universo com quem temos primeira responsabilidade.
As informações contidas nesta “Nota” estão veiculadas, conforme se diz no texto, sob a condicionante de tudo estar ainda sujeito ao “crivo” do Ministério das Finanças e do próprio Primeiro-ministro. Contudo, permitem-nos aferir um pouco daquilo que tem sido tratado nas costas e às escondidas das organizações associativas representativas dos militares, em claro incumprimento e evidente desrespeito pela Lei.
Porém uma questão ressalta desde já bem clara: o maior retrocesso e prejuízo recai sobre a Classe de Sargentos. Aqueles a quem, em discursos pomposos, de circunstância, ou oportunistas, alguns políticos e até chefes gostam de chamar “a espinha dorsal das Forças Armadas”. O resultado prático, perceptível neste processo de alteração ao EMFAR, indica exactamente o contrário!
Porque importa continuar a resistir à falta de respeito, mas ainda mais importa continuar a resistir defendendo os princípios e valores de uma instituição que respeite o seu bem mais precioso – a componente humana, os mesmo princípios e valores inscritos na Constituição da República Portuguesa (que jurámos!), deve esta “Nota Informativa” ser lida, divulgada e discutida com a maior abrangência possível.
Não somos seres mentecaptos. Temos direito a saber o que pretendem fazer do nosso futuro. Temos uma palavra a dizer.
Fazendo votos de que tenhamos a tenacidade, inteligência, unidade e coragem para fazer de 2015 um ano melhor, defendendo, promovendo e aceitando as necessárias mudanças que o futuro exige, deixamos um abraço solidário e combatente.
A Nota Conjunta pode ser lida aqui.