No dia 11 de dezembro, dia de Greve Geral, as Associações Profissionais de Militares (APM) de Portugal manifestam o seu mais veemente e inequívoco apoio a esta jornada de luta e solidariedade.
Estamos aqui para nos solidarizarmos ativamente com a justa luta de todos os trabalhadores portugueses. Uma luta que visa objetivos fundamentais para a dignidade de quem trabalha e para o futuro do nosso país – por melhores condições de trabalho; por melhores condições de vida; pela defesa dos direitos conquistados.
Os militares, cidadãos e trabalhadores em uniforme, enquanto servidores públicos dedicados, fazem parte integrante do povo português e não podem, nem devem, alhear-se desta luta mais geral.
Também nós estamos sujeitos a gravosas e exigentes prestações de trabalho ao serviço dos Portugueses, muitas vezes em condições de particular sacrifício e risco. A nossa luta é assim indissociável da vossa, porque também a nós nos afeta a degradação generalizada das condições laborais e sociais no país.
Por isso é objetivo das Associações Profissionais participar na Concertação Social, concretizando, de facto, os nossos direitos de representação e negociação coletiva, para melhor poder defender os Militares nestas importantes matérias.
Esta jornada de Greve Geral tem origem num Pacote Laboral que se pretende impor lesando forte e claramente os direitos de quem trabalha.
Afirmamos com clareza: se este Pacote, tal como está proposto, for aprovado, as suas consequências negativas afetarão todos os portugueses, direta ou indiretamente.
A luta por um trabalho digno e uma vida justa deve ser, portanto, una e participada por todos.
Por tudo isto, as Associações Profissionais de Militares reiteram a sua total solidariedade com a Greve Geral de 11 de dezembro e com todos os que se manifestam nas ruas.
A vossa luta é a nossa luta.
Viva a Luta dos Trabalhadores!

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