Desta vez na ETNA – Escola de Tecnologias Navais da Armada, no Alfeite, as rondas de visitas e reuniões com Sargentos em várias Unidades dos três Ramos das Forças Armadas, iniciada em 2019, prosseguiram ontem, 25 de Novembro de 2021, com uma reunião com Sargentos da Marinha que prestam serviço ou que estão em formação, naquela Unidade de formação do Ramo.
A delegação da ANS, constituída por três elementos da Direcção, António Lima Coelho, Presidente, José Galvão e Nelson Bento, Secretários e pelo Presidente da AG, Luís Bugalhão, foi recebida pelo SMOR Pinto Serrano, Adjunto do Comandante da ETNA para a Categoria de Sargentos. Após um pequeno período de cumprimentos e convívio com camaradas na Messe de Sargentos, o SMOR Fernandes Dias, Assessor do CEMA para a Categoria de Sargentos, juntou-se a este grupo que se dirigiu para o refeitório de Sargentos, para o almoço gentilmente oferecido pela ETNA. Cerca das 13H30 a Delegação da ANS foi apresentar cumprimentos ao Comandante da ETNA, CMG Silvestre Correia.
De seguida, no Auditório da Unidade, num encontro que teve lugar entre as 14H00 e as 16H30, em período de aulas, estiveram presentes mais de cinco dezenas de camaradas. Os trabalhos iniciaram-se com uma apresentação da ANS passando pelo enquadramento histórico e legal, a constituição desta associação, os objectivos associativos, resultados e vitórias alcançadas e as matérias prioritárias.
Na apresentação das matérias prioritárias abordaram-se temas como o desenvolvimento da carreira, o regulamento de avaliação (RAMMFA), as promoções, a revisão do EMFAR, o reconhecimento académico, a revisão do sistema remuneratório, a saúde e a assistência, entre outros aspectos.
Para além do apelo para que se alertem os mais novos para a necessidade de tomarem consciência da existência da ANS, enquanto organismo que pugna pela defesa das suas condições socioprofissionais, houve espaço para abordar as preocupações que atingem os militares mais antigos.
As questões postas pelos camaradas foram pertinentes e muitas. Tanto que a sessão terminou uma boa meia hora depois do previsto, pela existência de um franco e aberto diálogo entre os presentes e os representantes da ANS.
Questões sobre o sistema retributivo e histórico da sua evolução, o cartão do antigo combatente, o RAMMFA e a resolução da Assembleia da República que recomenda a sua revisão, a não existência de promoção por diuturnidade na categoria de Sargento, longos tempos de permanência no posto de 1SAR… Foi traçado um quadro negro sobre a situação em que encontram as vidas destes camaradas, mas foi também apontado o caminho da luta. Isso mesmo ficou patente no resumo feito por um dos camaradas presentes, aluno do 3º ano do CFS, quando afirmou que o que o espera na carreira são mais duas promoções: a 2SAR (no final do curso, uma vez que agora é ainda graduado) e a 1SAR, após no mínimo 4 anos. Este camarada disponibilizou o seu contacto no sentido de poder ajudar nos necessários trabalhos para que a luta possa alterar este estado de coisas. Como é natural, a ANS vai acompanhar e apoiar estes camaradas nas suas aspirações e dificuldades.
Porque há esperança e porque há necessidade, foi isso mesmo que Lima Coelho disse no encerramento da sessão: há que lutar e a luta dá frutos. Em torno da sua Associação, os Sargentos têm razões para lutar e vão fazê-lo.
Depois de ter sido adiada devido a razões sanitárias, a próxima reunião será na ESE – Escola de Sargentos do Exército, nas Caldas da Rainha e está em processo de reagendamento.