“… Escusa o governo de tentar enganar os portugueses com a argumentação de que os militares e as forças de segurança não serão alvo de progressões remuneratórias por terem sido abrangidos pela norma orçamental que todos os anos tem permitido que, mediante autorização do Ministério das Finanças, haja promoções para os postos imediatos “por se tratar de instituições hierarquizadas”!
Ora, este argumento de “instituição hierarquizada” parece ser esquecido quando não se quer compreender que um Primeiro-Sargento ou Sargento-Ajudante com dez anos de permanência no posto não pode ser igual a um Primeiro-Sargento ou Sargento-Ajudante recentemente promovido a esse posto. Importa ainda clarificar que durante o período do congelamento, apesar de ter havido promoções nas Forças Armadas (em resultado de intensas lutas associativas), muitas centenas de Sargentos não foram abrangidos por qualquer promoção, existindo neste momento Primeiros Sargentos perto de atingir 20 anos de permanência no posto e Sargentos-Ajudantes com mais de 12 anos no posto, sem perspectivas de promoção.
Pela leitura que faz o governo, estes homens e mulheres devem continuar a auferir o mesmo vencimento que aqueles que só agora foram promovidos ao mesmo posto, ferindo desta forma o princípio da hierarquia ao não diferenciar a sua antiguidade… Nem sobem de posto, nem sobem de índice…
A argumentação das “instituições fortemente hierarquizadas” não tem agora a mesma validade?” …”
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