“Defender o HFAR, é Defender a Saúde Militar!”

Na sequência da publicação do anterior comunicado em que se afirmou a preocupação pela situação vivida no Hospital das Forças Armadas (HFAR), em ambos os polos de Lisboa e Porto, a ANS – Associação Nacional de Sargentos não pode deixar de reforçar essa preocupação.
Conforme tem sido noticiado, o HFAR corre o risco de reduzir substancialmente os serviços actualmente prestados e de ter de transferir doentes para hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), além de poder vir a ter de adoptar outras medidas que irão certamente limitar as necessárias condições de assistência aos militares.
Sabendo-se que esta é já uma situação conhecida do Governo desde Setembro último, se nada for feito, o HFAR corre o risco de iniciar o ano de 2023 sem conseguir garantir todos os serviços, por falta de profissionais que assegurem a actividade em vários sectores.
A falta de recursos humanos limita a capacidade de resposta dos serviços de saúde militar, que não podem, nem devem, ser entendidos como um qualquer privilégio, mas antes como uma exigência à prontidão e permanente disponibilidade dos militares para a missão, qualquer que ela seja.
Os riscos inerentes à Condição Militar não são compatíveis com a redução da capacidade cirúrgica. A permanência do serviço prestado pelos militares, 24 horas – 365 dias por ano, não pode estar sujeita a um horário de funcionamento do Serviço de Urgência entre as 08H00 e as 20H00. E muito menos se pode assistir ao encerramento desse serviço!
Quando ainda não está totalmente debelada uma pandemia que tantos transtornos causou, e no combate à qual os militares tiveram um papel de relevo, quando se sente na Europa um conflito que tarda em ver o seu fim, quando se potenciam outros perigos de conflito nessa mesma Europa, é absolutamente necessária a existência de um Serviço de Saúde Militar verdadeiramente capaz!
A Saúde Militar não pode fazer parte dos resultados (já profundamente sentidos em vastíssimos sectores da realidade militar) do trabalho efectuado por uma qualquer “comissão liquidatária das Forças Armadas”!
A Saúde Militar é uma necessidade para responder às exigências colocadas à defesa militar da República!
Dando expressão a estas preocupações, a ANS e as outras associações profissionais de militares (AOFA – Associação de Oficiais das Forças Armadas e AP – Associação de Praças) apelam à participação na “VÍGILIA – Na Defesa do Direito à Saúde” que vai ter lugar no próximo dia 30 de Dezembro de 2022, a partir das 17H00, na Azinhaga dos Ulmeiros, no Lumiar, em frente à entrada principal do HFAR.
Porque defender o Hospital das Forças Armadas, é defender a Saúde Militar!

A Direcção

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