“Esbulho…ou Roubo Descarado?”

“Em meados de Novembro dizíamos: “Estamos a um mês e meio do final do ano e, até ao momento, promoções, nem vê-las!”
Neste momento, a cerca de duas semanas do final do ano, a situação torna-se revoltante! A injustiça assume dimensões preocupantes! Cria-se terreno propício para a difusão de boatos!
Aqueles militares que esperavam as suas promoções ao longo deste ano de 2021, correm o risco de ver essas promoções serem efectivadas apenas em 2022, sem direito a retroactividade. Contudo, continuam a fazer descontos mensais para a Caixa Geral de Aposentações, muito para além dos 36 anos de que vão poder usufruir. Lucro para o Estado e um verdadeiro esbulho para os militares e suas famílias, com reflexos negativos para o resto das suas vidas!
Importa referir que há militares altamente penalizados por má gestão e planeamento dos Ramos, que tendo vaga em 2020, ficaram sem a promoção por (imagine-se) “não haver plafond”! Que belo exemplo da (in)competência (ou falta de vontade) na gestão de recursos humanos!
Igualmente os militares que deveriam ter sido promovidos ao longo deste ano de 2021, e que desejavam transitar para a situação de Reserva, mas apenas vejam essas promoções publicadas em 2022, correm o risco de perder o direito ao subsídio por cessação de funções, completo. Por outro lado, a vaga gerada já não contará para possíveis promoções em 2021.
Contrariamente ao que poderiam ter planeado para as suas vidas, não transitando para a situação de Reserva em 2021, por ficarem a aguardar a promoção, são efectivos dos mais experientes que se vão mantendo nas fileiras, correndo atrás de uma promessa que tarda em chegar, cada vez mais desiludidos e desmotivados.
Recordamos que há Camaradas com vaga para promoção desde 2020, mas a maioria desde o dia 01 de Janeiro de 2021! Para além de um regime remuneratório injusto, obsoleto e elitista, para além da obrigatoriedade de descontar (14 vezes por ano) para uma assistência na doença que não cumpre o que está plasmado na lei de bases gerais da Condição Militar e daquilo que prevê a própria Constituição da República, para além da sujeição a regulamentos disciplinares e de avaliação que ferem o necessário espírito de corpo, pondo em causa a coesão e a disciplina nas Forças Armadas, para além de muitas outras situações perniciosas para uma instituição com as características da Instituição Militar, os Militares são confrontados com este esbulho, que se configura como um verdadeiro roubo, pelos prejuízos que lhe estão associados para toda a vida!

…”

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